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Na África Ocidental, apenas 42% dos mais de 340 milhões de pessoas que vivem na região têm acesso à eletricidade. Esta é a constatação feita por Dominic Azimbe Azumah, especialista em questões energéticas, quarta-feira, 11 de agosto de 2021 em Abidjan, durante uma reunião deslocalizada do parlamento da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).
O Sr. Azumah dirigiu-se aos membros eleitos da comunidade sobre o papel dos deputados na promoção da eficiência energética e no desenvolvimento das energias renováveis no espaço da CEDEAO.
Dominic Azimbe Azumah, nesta ocasião, lembrou que as transformações socioeconómicas de qualquer nação assentam num abastecimento e numa gestão de energia adequados, fiáveis e sustentáveis.
Para isso, a energia é um componente essencial do desenvolvimento humano e deve ser considerada um direito fundamental, reiterou.
Mas este direito não parece ser totalmente respeitado na África Ocidental, onde “apenas 42% dos mais de 340 milhões de pessoas que vivem na região têm acesso à eletricidade“, disse ele.
Ainda assim, de acordo com o especialista, a África Ocidental possui cerca de um terço dos recursos de petróleo e gás do continente africano. O potencial hidroelétrico é estimado em 25.000 MW, dos quais apenas 16% são explorados. A região também é uma das mais ensolaradas do mundo.
Para superar esses enormes desafios que o setor enfrenta, o especialista defende garantir mudanças estruturais na forma como a energia é produzida e consumida, a fim de garantir a segurança energética e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Para o efeito, propõe que a CEDEAO adote, entre outras coisas, uma política de eficiência energética, cujo objetivo geral é duplicar a atual eficiência energética anual para atingir níveis comparáveis aos das grandes potências.
Falando sobre o papel do parlamentar comunitário no quadro de melhorar o acesso das populações da zona da CEDEAO à eletricidade, Dominic Azimbe Azumah declarou que os deputados têm todos os meios de pressão necessários para avançar os objetivos de eficiência energética.
« Eles têm o poder de aprovar leis, fixar taxas e aprovar orçamentos estaduais; de controlar a ação governamental e ter acesso direto aos ministros e aos presidentes», precisou ele.
O especialista terminou a sua apresentação propondo ao parlamento da CEDEAO e a todos os deputados de «se engajarem firmemente a iniciar uma ambiciosa campanha de eletrificação rural para fornecer eletricidade e outras infraestruturas de energia nas zonas rurais desfavorecidas no espaço comunitário».